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Agentes IA Vão Mudar o Jeito de Comprar
Estudo de caso da Harvard Business School
Olá empreendedor!
Na edição de hoje, vamos explorar um estudo de caso com base em um artigo da Harvard Business School que mostra como os agentes de inteligência artificial (IA) podem transformar a forma como as pessoas compram na internet, e como isso pode impactar as estratégias das empresas que vendem na internet.
O Cliente Não Vai Mais Decidir!
Imagine o cenário onde o seu cliente não pesquisa mais no Google, não confia apenas no que vê no Instagram e nem visita seu site para comparar preços e saber mais da sua oferta
Em vez disso, ele apenas faz uma pergunta a um agente de IA — e esse agente, que já conhece seus hábitos, preferências e contexto, decide por ele.
Sim, isso já é uma realidade. Plataformas como ChatGPT, Perplexity e outros sistemas estão sugerindo, comparando, analisando e até comprando por você.
Nos próximos meses e anos, agentes de IA vão intermediar boa parte das decisões de compra no lugar do consumidor. Não somente decisão de compra, mas qualquer decisão.
E aqui está o ponto importante: estamos à beira de uma mudança estrutural, onde o consumidor final deixa de ser o principal tomador de decisão — e esse papel passa para algoritmos que agem em seu nome.
A Jornada de Compra Vai Mudar?
Antes: Pesquisa → Consideração → Comparação → Compra.
Agora: Pergunta → Resposta pronta com base em dados → Compra (automatizada).
Imagine que um consumidor esteja procurando uma alternativa ao Tesla. Em vez de ir ao Google pesquisar manualmente, ele pergunta diretamente a um agente de IA. Em segundos, o sistema analisa reviews, compara modelos, verifica preços e até sugere onde comprar.
O consumidor recebe um resumo pronto e completo com as melhores opções otimizadas por dados, não por branding, influência ou marketing. A jornada de compra tradicional está sendo mudada para um atalho automatizado.
Hoje, marcas investem bilhões em SEO, branding, publicidade e experiência do cliente para se manterem e terem preferência na cabeça do consumidor. Mas, no momento em que um agente de IA se torna o principal canal de descoberta e compra, tudo isso muda.
Esses agentes não são fieis a marcas e experiências de compras, eles são frios, racionais e analíticos. Eles são fieis a dados, e o critério que importa são:
Melhor preço
Melhor avaliação de produto
Entrega mais rápida
Menor frete
Melhor atendimento
Disponibilidade de estoque
Confiança e segurança
Menor taxa de devolução
Melhor custo-benefício, mesmo que seja de um fabricante desconhecido
A Nova Oportunidade: AAO
Assim como o SEO foi essencial para ranquear no Google. Agora está nascendo uma nova disciplina: AAO (AI Agent Optimization).
Em outras palavras, você não vai mais precisar aparecer apenas para o consumidor final, mas também para o sistema que o atende. O desafio agora é: como a sua empresa aparece (ou desaparece) para esses agentes?
Esses sistemas vasculham dados disponíveis na internet para sugerir o que é mais relevante. Por isso, a clareza e organização das informações da sua marca vão determinar sua visibilidade.
Como Se Beneficiar?
Nesse novo mecanismo, prevemos claros vencedores e perdedores.
Vencedores:
1) Empresas que deixam claro e destacadas as suas qualidades e informações no seu site e na página de seu produto.
Como exemplo:
- Tempo de frete
- Variações de produto
- Preço
- Disponibilidade de estoque
- Políticas e processo de devolução
- Informações de atendimento ao cliente
E entre outras informações que são importantes o cliente saber para comprar algo de sua marca. Quanto mais destacada, clareada e didática, melhor será para a máquina comparar objetivamente e entender para levar em conta a compra em seu site.
2) Empresas com diferenciação e relevância real.
Empresas com produtos com inovações e diferenças claras, qualidade validada e diferenciais tangíveis. Score positivo e relevante em fóruns, pesquisas e reviews, site com acessibilidade e confiança segura.
3) Quem entender como os agentes funcionam e como usar AAO.
Entender coisas como, onde ele busca dados, como ele busca dados, como são treinados e o que influencia suas decisões e pesquisas.
Perdedores:
1) Marcas genéricas que dependem de reconhecimento, mas entregam mais do mesmo.
Empresas cujos produtos são essencialmente commodities com pouca diferenciação além da marca terão dificuldade em justificar preços mais altos quando os agentes de IA puderem facilmente comparar atributos e identificar alternativas mais baratas e igualmente eficazes. A lealdade à marca por si só pode não ser suficiente.
2) Varejistas que não conseguem competir nem em preço, nem em serviço.
Empresas que não se destacam nem por preços baixos nem por qualidade de serviço superior enfrentarão dificuldades. Serão espremidas entre os players de baixo custo e alta eficiência e os varejistas premium com ofertas exclusivas ou serviços excepcionais. A falta de uma proposta de valor clara os tornará menos atraentes para os agentes de IA.
3) Marcas que não otimizarem para agentes de IA
Empresas que não entenderem como os agentes de IA avaliam produtos e serviços e não otimizarem suas informações (qualidade do produto, avaliações, serviço ao cliente online, etc.) para serem facilmente reconhecidas e recomendadas por esses agentes perderão visibilidade e oportunidades de venda.
Conclusão
Em pouco tempo, o cliente vai apenas dizer “quero algo que resolva isso” — e a IA vai responder com uma recomendação baseada em dados. Com isso, podemos esperar uma nova forma de comprar online, onde o cliente diz o que quer — e o agente de IA responde com o que ele precisa.
E se a sua empresa não estiver nesse radar, ela simplesmente não será sugerida.
Portanto reflita:
Você tem um diferencial real ou depende apenas de marca?
Seus reviews e reputação estão em dia?
Seu produto e site é facilmente "compreensível" para uma IA?
Até a próxima!
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